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Reforma Tributária: O Efeito Oculto na Folha de Pagamento e Como Empresas Podem Otimizar Seus Benefícios

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Introdução
A nova reforma tributária, que substitui tributos federais como PIS/Cofins por um IBS/CBS unificado, traz um impacto até então pouco percebido — e significativo — na gestão da folha de pagamento. Esse “efeito oculto” começa a ganhar relevância já no período de transição, previsto para ocorrer a partir de 2026


1. Crédito tributário formalizado: o que muda

Até então, benefícios como vale-transporte, refeição e plano de saúde não geravam créditos de PIS/Cofins. Com o IBS/CBS, esses gastos podem se converter em créditos tributários — mas há um cuidado essencial: a formalização obrigatória em acordos ou convenções coletivas de trabalho. Sem isso, a empresa não conseguirá aproveitar os créditos jornalcontabil.com.br.


2. Por que isso é relevante hoje

Como destacado por Mariana Ronco, advogada trabalhista, a formalização em acordos não é trivial:

Do ponto de vista contábil e financeiro, a inclusão de benefícios em acordos coletivos pode resultar em valor significativo de crédito fiscal ao longo de 2026–2027, o que impacta o fluxo de caixa.


3. O cronograma é apertado

Muitas convenções coletivas têm validade de dois anos. Se a formalização não ocorrer até o vencimento do atual acordo, a empresa corre o risco de perder o prazo e ser pega sem direito aos créditos logo no começo da transição jornalcontabil.com.br.
⚠️ O recado é claro: não deixe para a última hora. Contadores e gestores de recursos humanos devem planejar, com antecedência, conversas com o RH, jurídico e sindicatos.


4. Recomendações práticas para as empresas

AçãoDetalhes
Mapear benefícios atuaisIdentifique itens (vale-alimentação, transporte, saúde etc.) que já são oferecidos.
Analisar instrumentos coletivos vigentesVerifique se os benefícios estão previstos nos acordos válidos até 2027.
Planejar renovações ou inclusõesSe necessário, iniciar renegociações com sindicatos até meados de 2025.
Revisar processos contábeis e fiscaisEstabelecer controles que comprovem a formalização e permitam o crédito fiscal.
Monitorar legislação e orientações contábeisA reforma ainda pode ser regulada por instruções normativas ou orientações técnicas.

5. Conclusão

Para nós, contadores, a reforma tributária exigirá atenção redobrada à folha de pagamento. O potencial de ganhos via créditos é real — mas somente se houver formalização adequada. O momento de agir é agora, com diálogo ativo entre contabilidade, jurídico, RH e sindicatos.

Fiquem atentos, pois os benefícios tributários que parecem “ocultos” podem ser a alavanca financeira que muitas empresas precisam para gerar economia e melhorar o compliance trabalhista.