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Qual a diferença entre PF e PJ para médicos?

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A carreira médica oferece inúmeras possibilidades, tanto em termos de especialização quanto na forma como o profissional pode atuar legalmente. Uma das dúvidas mais comuns entre médicos — especialmente os que estão iniciando a carreira ou buscando mais autonomia — é: qual a diferença entre atuar como Pessoa Física (PF) e Pessoa Jurídica (PJ)? E mais importante: qual é a melhor opção?

Neste artigo, vamos esclarecer as principais diferenças entre essas duas modalidades, mostrar os prós e contras de cada uma e ajudar você a tomar a melhor decisão de acordo com sua realidade profissional e financeira.


O que é atuar como Pessoa Física (PF)?

Ao trabalhar como Pessoa Física, o médico presta serviços diretamente, sem a necessidade de abrir uma empresa. Essa é a forma tradicional de atuação, geralmente usada em empregos com carteira assinada (CLT), plantões avulsos ou contratos autônomos.

Vantagens da Pessoa Física:

  • Menos burocracia: não é necessário abrir ou manter uma empresa.
  • Mais simplicidade: ideal para quem ainda está começando ou faz poucos atendimentos mensais.
  • Direitos trabalhistas (em regime CLT): férias, 13º salário, FGTS, INSS.

Desvantagens:

  • Carga tributária mais alta: o médico pode pagar até 27,5% de Imposto de Renda, além de INSS e outras contribuições.
  • Menor flexibilidade de deduções: as despesas profissionais dedutíveis são limitadas.
  • Menor autonomia financeira: geralmente, é o contratante quem define horários, valores e condições de trabalho.

O que é atuar como Pessoa Jurídica (PJ)?

Ao optar por ser Pessoa Jurídica, o médico abre uma empresa em seu nome (geralmente um CNPJ no Simples Nacional ou Lucro Presumido) e passa a prestar serviços como prestador PJ. É o modelo mais comum em clínicas, hospitais e consultórios particulares.

Vantagens da Pessoa Jurídica:

  • Carga tributária reduzida: dependendo do regime, os impostos podem ser de 6% a 15,5%, muito abaixo dos 27,5% da PF.
  • Mais liberdade financeira: o médico negocia seus próprios honorários e horários.
  • Possibilidade de expansão: pode contratar funcionários, emitir notas fiscais e crescer como negócio.
  • Maior controle sobre deduções: é possível abater despesas como aluguel de consultório, insumos, equipamentos e serviços.

Desvantagens:

  • Mais burocracia: exige abertura de empresa, emissão de nota fiscal, contabilidade e cumprimento de obrigações acessórias.
  • Responsabilidade tributária: o médico precisa se organizar ou contratar ajuda especializada.
  • Sem direitos trabalhistas: não há 13º, férias ou FGTS garantidos por lei.

Qual modelo é melhor para médicos?

Depende. Veja abaixo algumas perguntas que ajudam na decisão:

  • Você já tem uma rotina de atendimentos fixos e regulares?
  • Seus ganhos mensais superam R$ 6.000,00?
  • Você pretende crescer, contratar uma secretária ou montar um consultório?
  • Está disposto a investir em organização contábil?

Se a resposta for “sim” para essas perguntas, atuar como PJ pode representar economia e crescimento. Se você está começando, faz poucos plantões ou não quer lidar com a parte burocrática agora, atuar como PF pode ser mais simples no início.


Conclusão

A escolha entre PF e PJ para médicos deve ser feita com base no volume de atendimentos, na projeção de renda e nos seus objetivos de carreira. Ambas as formas têm vantagens e desvantagens, e muitas vezes a transição de PF para PJ acontece naturalmente à medida que o médico ganha mais autonomia.

Contar com o apoio de um contador especializado em profissionais da saúde é essencial para garantir a melhor escolha fiscal e jurídica — além de evitar surpresas com o fisco.


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