Em 08 de outubro de 2024, o setor de Microempreendedores Individuais (MEI) no Brasil passou por mudanças significativas com uma nova atualização nas regras que regulamentam esta modalidade de negócio.
As alterações principais abrangem o limite de faturamento e, particularmente, as ocupações autorizadas a se registrarem como MEI.
Essa mudança visa otimizar a estrutura desse modelo, implicando diretamente em diversos trabalhadores. Este artigo explora as recentes alterações e suas implicações.
Alterações nas ocupações admitidas para o MEI
A Resolução CGSN 140/2018 tem sido o alicerce para definir quais ocupações podem ser registradas como MEI.
No entanto, a recente atualização removeu várias profissões da lista permitida, forçando muitos profissionais a buscar alternativas para sua formalização.
Abaixo, apresentamos algumas das ocupações que foram retiradas:
- Abatedor(a) de aves
- Adestrador(a) de animais
- Comerciante de fogos de artifício
- Contador(a)/técnico(a) contábil
- Restaurador(a) de prédios históricos
Profissionais dessas áreas, portanto, devem buscar outras formas de formalização, como a transição para Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Impactos diretos nos Microempreendedores
As mudanças impactam diretamente os microempreendedores nas ocupações agora não permitidas, levando-os a reavaliar a estruturação de seus negócios.
Com o limite de faturamento também em foco, muitos microempreendedores poderão considerar inevitável a transição para categorias como ME ou EPP.
Este ajuste não só implica repensar o modelo de negócios, mas também planejar estrategicamente o crescimento e a conformidade legal.
Para aqueles que já atuam como MEI e tiveram suas profissões retiradas da lista, é fundamental buscar orientação com contadores e advogados.
Embora pareça desafiador, este pode ser um ponto de partida para novas oportunidades e crescimento dentro de um enquadramento legal mais adequado.
Motivações por trás das alterações
A atualização das ocupações permitidas tem como objetivo alinhar o sistema a novas realidades do mercado de trabalho.
Adicionalmente, busca-se aliviar o sistema tributário e assegurar que as atividades sob a modalidade MEI sejam adequadas aos benefícios oferecidos.
Este esforço visa criar um ambiente de negócios mais coerente e estimular tanto o crescimento quanto a formalização do empreendedorismo no Brasil.
Ao aumentar a compatibilidade entre atividades econômicas e o regime MEI, espera-se não só a modernização das regras, mas também o incentivo ao desenvolvimento de negócios mais sustentáveis e regulares no país.
Próximos passos para os impactados
Os microempreendedores impactados devem dar os primeiros passos para a regularização analisando cuidadosamente suas opções.
Atendimento ao cumprimento das novas normas é crucial.
Ao buscar a transição para ME ou EPP, os empreendedores podem encontrar novas possibilidades de crescimento e oportunidades para suas empresas, preparando-as para um futuro mais alinhado às regulamentações nacionais.